sábado, 28 de fevereiro de 2009

Lagoa Henriques

(Fernando Pessoa por Lagoa Henriques, fot. Affonso)

Por vezes apenas reconhecemos o valor de um artista só após a sua morte. O que na minha opinião é algo negativo.

Com este escultor de quem vou falar muito sucintamente, e para mim, foi esse o caso.

O seu primeiro nome faz-me recordar o elemento natural que tanto me fascina e o último a criação do nosso condado.

De muitas obras que perto do Tejo permanecem existe uma que todos conhecemos:

O Pessoa que já saturado da quantidade de turistas que se sentaram a seu lado, ou que o fotografaram, é uma obra deste artista sendo que poucos sabem. Afinal qual foi a pessoa que visitou Lisboa e que não foi ver a estátua da brasileira? Eu diria que nenhum, pois aqueles que não sabem do que falo não saberão o que é Lisboa.

Tal como muito deste país, também uma grande parte da sua obra foi queimado por um incêndio que sucedeu no seu atelier.

Embora pouco conhecido, e embora, tal como eu não gosto que se faça, apenas o posso felicitar após a sua morte. Mesmo assim gostaria de homenagear o artista António Augusto Lagoa Henriques.

Publicado dia 28 de Fevereiro

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Conímbriga, cidade dos tapetes de mosaicos


(Conímbriga, Affonso)


De pedras pequenas eles faziam grandes tapetes que rodeavam grandes, e grandes fontes e jardins interiores. Este possuía peixes. Aquele cenas de guerra. Vi também cruzes suásticas.
Posso dizer que o mais espantoso que ficou até aos nossos dias são aqueles “tapetes” feitos de mosaicos. Mas algo que me fascinou ainda mais é a grandeza que fora esta cidade. Falo com certeza de Conímbriga. O maior e mais fascinante vestígio dos romanos em Portugal.
Estive por lá a passear ainda ontem. Tinha conhecimento deste espaço, mas não tinha noção que fosse tão grande.
Fiquei com pena por diversas razões:
Em primeiro lugar não consigo perceber como é que não há investimentos para que as investigações possam continuar. Afinal qualquer pessoa que visite este museu rapidamente se apercebe de que muito mais ainda está por desenterrar. Muito mais está por descobrir.
A outra razão pela qual fiquei triste foi o facto de ver uma quantidade enorme de jardins interiores, de fontes e de lagos, sendo que todos estes secos. Como é possível que estes admiráveis jardins não possuam água. Água!! Aquele elemento natural que tanto me fascina. Mas afinal não fascinará também outras pessoas? Tenho a certeza que sim! Por favor alegrem Conímbriga com água e com os maravilhosos repuxos.
Um dia bem passado. São deste tipo de férias que gosto.



Publicado dia 23 de Fevereiro

Lá voltarei eu hoje


(Affonso, Baixa Pessoana)


Betesga foi o ponto de encontro. A hora limite: 3 da tarde.
Começou. Com algum alvoroço mas começou. Para trás e para a frente. Sempre de encontro com os antigos cafés, restaurantes, as firmas onde trabalhou e de todos os locais de frequência de Pessoa.
As primeiras etapas situavam-se todas na baixa da cidade. Sendo que pouco tempo depois do início da visita, começamos a subir na direcção dos armazéns do chiado. Aqui, como em todos os pontos de referência, houve uma pequena explicação da parte de um aluno ou de um professor.
Sempre a subir fomos dar ao Carmo.
A pedido de muitos (e tal como já estava previsto) houve uma interrupção para o lanche em frente à Igreja dos Mártires.
Encurtando por aqui e por ali o percurso prossegui com algumas alterações.
O ambiente esteve agradável. Uma troca de informações da parte de todos. Uma curiosidade por conhecer mais (ou ainda mais) a nossa cidade, que embora estejamos sempre a dizer mal dela e a pedir que dela nos afastemos, até gostamos deste quintal.
Voltámos a descer! Inicialmente pensei e até manifestei algum desagrado pelo simples facto de o percurso estar feito para nos por a andar constantemente a subir e a descer. Agora percebo. Como pode alguém querer conhecer esta cidade sem subir e sem descer? É como ir à praia e não conhecer o mar. É como ir ao campo e não respirar.
Estas subidas e descidas que caracterizam são o melhor que ela tem! Os miradouros. Os recantos. As casas. As águas furtadas. Os cafés. Todos os pormenores. Tudo e tudo. É do pormenor que nasce o todo. É esta a nossa cidade. (pelo menos minha ela é……).
Ai Baixa Pombalina, ai Baixa! Porque não me cansas? Porque não me canso eu de ti?
Rua do ouro, dos Funqueiros, da Prata, da Conceição, da Madalena. Tantas, tantas foram as que passei, mas que não passaram. Lá voltarei com certeza. Lá voltarei eu hoje. Disso tenho eu a certeza.
Quem me dera que muitas das minhas tardes fossem assim. A passear. Mas não um passeio por passeio. Mas sim porque passear pode ser sinónimo de viver. Uma tarde que na minha opinião foi muito agradável. Lá voltarei. Lá estarei. Disso tenho eu a certeza.


Publicado dia 23 de Fevereiro

sábado, 14 de fevereiro de 2009

14 é o dia.


(Guincho, autor desconhecido)

Porque será que existe este dia?
Para comprar flores? chocolates? Encher os restaurantes? Talvez uma questão comercial diz a maior parte. Eu não sei. Nunca reflecti muito sobre isso. Mas hoje penso.
Não vejo lado negativo para o amor ser celebrado. Eu acho que àqueles que negam o dia apenas resta evitarem o aspecto comercial. Àqueles que nem nisso têm tempo para pensar resta amar.
Serei eu de que grupo?

Obrigado e boa sorte

Publicado dia 14 de Fevereiro

Saudades

Saudades de te ver. Gostava de te voltar a ver. A toda a hora. Acordar, abrir a janela e estares lá à minha espera. Sem que fosse preciso fazer qualquer tipo de esforço. Fazer-me acompanhar diariamente de ti. e quem sabe namorar contigo. Não consigo. És pesada de mais e não encontro refúgio para ti.
Obrigado, e Boa sorte

Publicado dia 14 de Fevereiro

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Parabéns cara gota de água.

(Trás-os-Montes, Affonso)


Parabéns! És a minha mãe, és um oceano do meu mundo. Um longo e profundo oceano. Por ti hoje (ontem) escrevo. Não há nada mais parecido com a mãe do que a água. As ondas. Os reflexos. A ajuda. A alegria que me transmite. A sua grandeza.
Um beijinho grade do rio para o oceano….


Publicado dia 7 de Fevereiro

Hoje não, Hoje não.

Hoje não quero. Hoje não me apetece. Talvez amanha, talvez. É que hoje não me dá mesmo jeito. Pode ser então? Se não te importares é claro. Liga-me para combinarmos e assim…. Mas hoje não dá mesmo….

Publicado dia 7 de Fevereiro

Um projecto inacabado


(uma folha que chora, Affonso)


A vida é feita de uma junção de coisas que nos agradam e coisas de detestamos.


Há cerca de três anos para cá, eu, após encarar um problema, decidi mudar de escola. Uma das decisões mais complicadas da minha vida. Pode parecer pouco para alguns, contudo, para uma criança de 15 anos é uma decisão muito complicada.


Mudei de uma escola secundária normal para uma escola artística. Pessoas novas, maneiras de pensar diferentes, roupas diferentes, local diferente, autocarro diferente…. Tudo diferente.


Tomei, e ainda hoje o afirmo, a decisão mais acertada. Contudo…. E como em tudo há um “mas” na semana passada, deparei-me com a nova política da senhora Ministra da Educação, em remodelar e pôr o ensino todo em obras. Certo ou não, sei que isso pode beneficiar alguns e prejudicar outros.


Eu sou um daqueles que vai ser prejudicado. Uma escola quase que inteira em obras. Aulas naqueles contentores óptimos de que se falam. “Até ar condicionado têm”, dizem alguns.


Eu acho que é a morte do artista. Encerrar as oficinas da escola António Arroio significa, e só pode significar, a morte do artista! Um sonho que vai por água abaixo, um projecto inacabado.


Um projecto que sabemos que à partida não irá passar das folhas de papel ou daquele ficheiro com a terminação de bak.


Agora só me resta fazer aquilo que me mandam, e fingir que se trabalha, numa escola que de escola só nome irá ter.

Publicado dia 7 de Fevereiro

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Só o tempo me ajuda




(alguma neve, Affonso)



Nunca consigo fazer nada bem sem que o tempo me ajude! Não me considero uma pessoa lenta a realizar as minhas tarefas diárias, mas actualmente, e com tendência para se acentuar ao longo do ano, tenho notado uma cada vez mais forte dificuldade em realizar todos os trabalhos com a qualidade que gosto de alcançar.






Durante este ano o meu gosto pela literatura tem vindo a crescer, e de forma rápida. Leio e escrevo mais. Contudo às vezes gostava de possuir mais tempo para escrever. Escrever sobre água, escrever sobre mar, escrever sobre tudo e fundamentalmente escrever sobre nada.






Por vezes, e porque a cafeína é mais forte que o cansaço, fico durante algumas horas debruçado sobre as teclas do computador que constroem frases minhas, dispostas a encarar o blogue. E isso é positivo. Sendo que gostava que o meu blogue não se limitasse às duas mensagens diárias que tenho vindo a deixar durante a semana….






Por isso o balanço que faço em relação a este trabalho é positivo, sendo que sempre com anseio e esperança que se venha a tornar num trabalho melhor.










Publicado em 2 de Fevereiro