sábado, 23 de maio de 2009

Made in Portugal


(Mulher-Cão, Pintura a óleo sobre tela, Paula Rego. Um óptimo exemplo de arte portuguesa)

Ao mesmo tempo que via um pouco daquilo que são os globos de ouro portugueses reflectia. Encontrava-me a reflectir sobre o que é arte em Portugal. Não sou um crítico, nem um profundo conhecedor do que é isto de que todos falamos. Está claro que ao longo destes três últimos anos tenho vindo a aperfeiçoar o meu conhecimento.

Sobre um tema que nasceu mesmo dentro daquilo a que chamamos de sala de aula, tenho vindo a pensar. É do conhecimento geral que por todos esses palácios que pelo pais foram plantados existiram muitas vidas que deixaram de existir. Que custou quase todo o conteúdo do cofre português. Custou tanto que Saramago insistiu em deixar registado em português.

O convento de Mafra. Aquele que dom João V mandou erguer naquilo que até lá não passava de uma mera vila. Uma quantidade de matérias-primas gasta. Mas triste é saber que fora quase toda trazida de fora. Existiu, e infelizmente ainda existe essa mentalidade, da parte de quem o mandou erguer uma necessidade de o construir em língua estrageira. Na minha opinião julgo que não é por serem portugueses, espanhóis ou até chineses que lhe concebem o valor que adquiriu.

Queria assim, tal como Saramago fez, fazer eu destacar esta comparação do século XVIII com o presente. Não é uma atitude recente, esta de desprezar o que é português. Não gostamos da marca “made in Portugal”. Temos medo do que é nacional.

Não só nas indústrias de matérias-primas podemos observar isso. Também em marcas como fly london, loiça do ikea, rolhas e muitos mais produtos.

Não queria fazer deste poste uma lista imensamente vasta de produtos que nós, portugueses fabricamos, pois poderia tornar-se cansativo. Apenas gostaria de deixar a minha mensagem para que, tal como muitos os países ditos de desenvolvidos fazem, fazer publicidade ao que é nosso! Ao português!

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